quarta-feira, 10 de julho de 2013

Alentejo

Ouve-se o suor na planície ao vento
Na foice cheira-se a força e o grito da jorna
Abraça-se o trigo em cada gesto da ceifa
Come-se a fome em sopa que se entorna

E os braços cansados de uma ceifeira
Recolhem à noite queimados pelo sol da eira
Há muito lhe exploram as mãos golpeadas
Ardendo em revolta de tão suadas

E o canto ensaiado no trigo curvada
Ao som do vento tal como outrora
É arma de coragem na voz empunhada
Fazendo eco no ondular silencioso da seara…

… /…

Nenhum comentário: