quarta-feira, 10 de julho de 2013

Laura

Telhados são escorregas de luz que entram pelas minhas janelas
Por detrás, nuvens recortadas ameaçam com seus cinzentos
O céu azul insiste em mostrar que a bonança vem lá…
Enquanto isso, ramos de árvores caem tombados desde as oito da manhã…

Saí para ir buscar o pão enquanto Laura sorri
Quadro mais lindo não conseguiria pintar
Dois corações fora do meu peito num quarto branco cheio de paz
Que se olham, tocam, beijam e sonham no mesmo leito

Entretanto, voo com o vento a beijar-me a face…
A luz que escorrega dos telhados entra dentro de mim
As nuvens são agora de um branco alvo sem par
E o céu teima em ter a cor dos olhos de Laura…

Com a luz que me invade e brota de cada poro
Mais a cor dos olhos de Laura, por detrás dos telhados
Diluída por entre as nuvens carregadas de água
Uma aguarela escorre-me pela cara e pinta um azulejo

Momento sublime este
Perpetuando uma obra que nunca imaginei…

… /…

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