quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Em nome de tanta gente

Em nome dos que sofrem
Decidiu o poeta escrever este poema
Em nome dos que trabalham uma vida inteira
Calando o medo, a angústia e que no silêncio morrem
Em nome de todos os injustiçados
Subjugados que são de qualquer maneira
Em nome dos que não têm voz
Dos que nascem, vivem e morrem com o direito a serem felizes como nós
Em nome de todos os explorados
Daqueles a quem roubam o sangue e o suor e jamais serão recompensados
Em nome dos estropiados                     
Que por este mundo demente são renegados
Em nome de todas as mulheres e crianças vítimas de violência
Mártires de um mundo que finge não ver a indecência
Em nome de todos os que não têm nome
Dos que não pediram para viver e que no entanto passam fome
Em nome dos que não têm terra
E são, mesmo assim, vítimas da guerra
Em nome de todos os idosos esquecidos
Que choram lágrimas de solidão ao fim de tantos anos vividos
Em nome de todos os fracos e incapacitados
Que, sem apoio nem respeito, são por crocodilos governados
Em nome de todos os que dotados de sentimento profundo
Lutam pela liberdade e justiça por esse mundo
Em nome dos crentes, dos visionários
Apelidados com escárnio de revolucionários
Em nome dos artistas e sonhadores
Que ignorados nos fazem sonhar com coisas maiores
E o poeta, esgotado, sem saber mais o que gritar
Escreve este hino em nome do amor
Cheio de revolta e vontade de chorar…
… /…

2 comentários:

Anônimo disse...

in the name of love....

http://www.youtube.com/watch?v=ByuyP1PNqKQ

a_ciganita disse...

Fantástico esse teu hino. Essa gente, que parece já nem ter rosto definido, merece-o. Eu estou lá, a caminhar por entre eles, com os olhos esmagados pelo não compreender. Venham mais hinos, porque eles merecem.