E agora?...
Foram-se as
ideias…
Era esse o
meu medo!...
Logo agora
que está a chegar o Natal
Noutra época
diria como é bom sentir-me assim…
Mas logo
agora!?...
Sim, porque
também é bom ter a noção do vazio que ocupamos em nós
Com tantas
ideias, no entanto vai-se a ver e são nada…
E agora?...
Foram-se as
ideias…
Era esse o
meu medo!...
Logo agora
que precisava tanto delas
Noutra época
diria deixa lá, sente o vazio, outras ideias virão… tantas outras
Mas, logo
agora!?...
Sim, porque
também é bom perceber que elas não têm hora marcada…
Que podem
ser tantas e não valerem para nada…
E agora
Foram-se as
ideias…
Não, não
tenho medo
Preciso de o
sentir…
O vazio,
calcular as suas medidas
Qual o seu
perímetro, qual a área que ocupa, qual é o seu volume?...
Sim, porque o
cérebro que o transporta tem forma
É é ele um
cubo, ou é uma esfera, é um paralelepípedo?
E agora?
Foi-se a
memória…
Estou com
medo!
Agora que
está a chegar o Natal, preciso dela
E a alma… e
o peito!? Qual é o seu peso!? De que massa é feito?
E o Pai Natal,
o que é que vai dizer?
Logo agora
que está a chegar o Natal
Era esse o
meu medo!...
Foram-se as
ideias…
E agora?
…/ …
Um comentário:
Talvez seja exactamente porque se aproxima o Natal que as ideias rareiam, afinal o Natal deixou - há muito - de ser para todos e as palavras ressentem-se pelos abismos que se vão avolumando entre as gentes. Agora... aguarda-se pelo ano novo, deveras mais interessante que O Natal.
Postar um comentário