segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Constatação

Quando escrevo ou faço amor
O fantástico acontece
Nem a mão me obedece
Tem vida própria que horror

Só dei conta desta coisa
Certa vez em que escrevia
Bem tentei que fosse prosa
Mas só me saiu poesia

Já no amor p’ra sorte tua
Bastou-me apenas tocar-te
Pensava levar-te à lua
Dei por ti, estavas em Marte

Não direi que não é bom
Não escutar o coração
Só que não é de bom tom
Dar todo o poder à mão

Deixo então eu de escrever?
Digo eu ao amor não?
Quem sabe possa eu viver
Só com a imaginação!?...

Evitando assim confrontos
Escreverei minhas poesias
Crónicas, textos e contos
Felizes serão meus dias

E dessa coisa do amor
É melhor nem me lembrar
Serei só um observador
Atento a quem sabe amar

Que as coisas do coração
São complicadas, enfim
Pois que ele tal como a mão
Está-se a borrifar p'ra mim

… /…

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