Ouve-se o
suor na planície ao vento
Na foice
cheira-se a força e o grito da jorna
Abraça-se o
trigo em cada gesto da ceifa
Come-se a
fome em sopa que se entorna
E os braços
cansados de uma ceifeira
Recolhem à
noite queimados pelo sol da eira
Há muito lhe
exploram as mãos golpeadas
Ardendo em
revolta de tão suadas
E o canto
ensaiado no trigo curvada
Ao som do
vento tal como outrora
É arma de
coragem na voz empunhada
Fazendo eco
no ondular silencioso da seara…
… /…
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