Neste
cais sem luar
Junto
ao rio que corre mesmo ao lado
Dispo-me
do passado
E
coloco as asas
Que
me transportarão daqui
Com
estas asas planarei
Flutuarei
no céu azul
Darei
por mim lá em cima calmo
E
sentir-me-ei talvez só...
Ainda
que acompanhado…
Voarei
para além do banal
Talvez
só, ou não, é-me igual
Olharei
à volta e brindarei ao ar
Brindarei
à lua nova, à escuridão do seu luar
E
brindarei desapaixonado
Olharei…
lá de cima vê-se tudo
Se
quiser, verei o mundo
O
mar, os campos e as flores
Flores
de todas as cores
Brindarei
a todos os ex-amores…
E
então desviarei o olhar
Silêncio,
pararei para respirar...
De
repente, em voo picado
Num
imenso pique desenfreado
Tombado
no chão deixar-me-ei estar
Recordando
o jardim dos teus olhos
Contarei
por entre os dedos da tua mão
Flores... murchas aos molhos
Já
sem cor, secas, mortas…
Em
harmonia com o meu coração
… /…
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