Por
vezes nem tudo é como queremos
Viramos
o barco para a esquerda
Mas
o vento, esse empurra-nos para o outro lado
E
quanto mais queremos, menos temos
Avistamos
terra e até parece que estamos perto,
mas
não… nunca lá chegamos
Como
se a terra nos empurrasse para o largo,
Prestes
a nos afogarmos…
Outras
vezes queremos e já não temos
Fazemos
força para que tudo volte a dar certo
Da
distância fazemos perto
E
quando nada temos, muito pouco queremos
Gritamos
alto e sai-nos um grito mudo,
Olhamos
o nada que já foi tudo
E
afinal, nem tudo é aquilo que queremos
Nem
sequer o que temos é tudo…
… /…
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