Não gosto de
ver armários com portas abertas
Roupas
penduradas que não são só roupas
Mas amigos,
momentos, amores e desamores pendurados em cabides
Não gosto de
ver armários com portas abertas
Sapatos
novos, velhos, com maior ou menor uso
Mesmo que
calçados uma só vez, já pisaram, já amachucaram
Roupas e
calçado que me levaram longe
Tão longe
que já nem me lembro onde…
Que me
levaram aqui e ali, até àquela esquina, onde eu já fui feliz
Não gosto nada
de ver armários com portas abertas
Roupas
penduradas que nunca foram roupas
Mas que em
momentos forjados brilharam e chamaram a atenção
Não gosto de
ver armários, nem com portas nem sem portas,
Gavetas e
gavetas cheias de nada…
Roupas inertes,
amachucadas, sapatos deformados
Trapos que
esconderam a alma,
Outros que
mostraram apenas o que se quis
Sapatos que
pisaram uma vida inteira
Não gosto mesmo
nada de armários…
A vida é bela
quando espalhada pelo chão
… /…
Um comentário:
Gosto...
Li no Teatro Rápido!
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