terça-feira, 5 de novembro de 2013

Reencontro

O reencontro com um amigo
É tão bom quanto o é connosco próprios
O passado, durante o qual o silêncio feito ruído
Susteve o coração, ainda que vivo, num torpor latente,
Na espera ansiosa do dia marcado para tal,
Torna a ganhar verdadeiro sentido…

Sempre que o reencontro se dá
a vida completa um novo ciclo retomando assim o alento,
Conectando de novo aqueles que se julgavam já perdidos.
Um amigo tem esse dom...
Um amigo ajuda a reunir pedaços de nós esquecidos lá atrás
Pedaços que quando recuperados, nos fazem sentir o quão, afinal, estiveram tão bem guardados.
Ainda bem que assim é…

Histórias e momentos já esquecidos, outros a perderem-se de vista,
bastando no entanto apenas pegá-los, assumindo-os como nossos.
É que um amigo guarda-os como se eles sejam seus também
Como que o fruto caído no chão, pisado, conspurcado,
seja apanhado e devolvido com mãos puras,
Viçoso e suculento, devido apenas a esse contacto
Fazendo com que a boca ávida o receba com redobrada sofreguidão…

O reencontro com um amigo
Deixa-nos felizes a olhar para as estrelas
Em vez do ruído do silêncio, ouve-se a melodia do novo
O vazio que se deseja preencher e partilhar,
A distância que nunca existiu
E a certeza de que a amizade nunca se perdeu…


Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é, como é bom.
Revejo-me nestas palavras, nestes acontecimentos... mas, até o reencontro com amigos que ainda não conhecias!!! e já eram amigos.
Sabes quem é?

abraço
miguel