Assim é
todos os anos…
Há uma linha
à meia-noite que separa a nossa vida já cumprida
Do resto da
nossa vida por cumprir
Como se quiséssemos
nascer de novo
Começando
tudo de novo
Ou quase
tudo…
Começamos
assim o ano a fingir…
Não sabemos
o seu comprimento…
O da linha e
o da própria vida por viver
Como se a linha
da meia-noite que separa a nossa vida já cumprida
Do resto da nossa vida por cumprir
Fosse uma espécie de linha do esquecimento
Do resto da nossa vida por cumprir
Fosse uma espécie de linha do esquecimento
Quando devia ser
ela precisamente o contrário
Tal e qual!... Linha do
pensamento…
Atando as
pontas dos anos que ficaram lá atrás
Feitos malha de sentimentos em filigrana
Recordando
um por um todos os momentos
E assim
seguia a vida…
Seríamos todos mais felizes, era bem capaz!...
Que bom era
se a linha da meia-noite que separa a nossa vida já cumprida
Do resto da
nossa vida por cumprir
Pudesse
ligar os corações daqueles que amamos, amámos e viremos a amar…
Que bom era
podermos criar uma fórmula trigonométrica
Ao jeito de
Pitágoras!
Resolvia-se
o problema…
Acabavam-se
as mágoas…
Era, assim, a linha
da meia-noite que separa a nossa vida já cumprida
Do resto da
nossa vida por cumprir
Idêntica à
hipotenusa…
Sendo que o
seu quadrado seria igual à soma
Do quadrado
dos afetos…
… /…
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