O reencontro
com um amigo
É tão bom
quanto o é connosco próprios
O passado, durante o qual o silêncio feito ruído
Susteve o
coração, ainda que vivo, num torpor latente,
Na espera ansiosa
do dia marcado para tal,
Torna a ganhar verdadeiro sentido…
Sempre que o
reencontro se dá
a vida completa
um novo ciclo retomando assim o alento,
Conectando
de novo aqueles que se julgavam já perdidos.
Um amigo tem
esse dom...
Um amigo ajuda a reunir pedaços de nós esquecidos lá atrás
Pedaços que quando recuperados, nos fazem sentir o quão, afinal, estiveram tão bem guardados.
Ainda bem que assim é…
Histórias e
momentos já esquecidos, outros a perderem-se de vista,
bastando no entanto apenas pegá-los, assumindo-os como nossos.
É que um
amigo guarda-os como se eles sejam seus também
Como que o
fruto caído no chão, pisado, conspurcado,
seja apanhado e devolvido com mãos puras,
Viçoso e suculento, devido apenas a esse contacto
Fazendo com que a boca
ávida o receba com redobrada sofreguidão…
O reencontro
com um amigo
Deixa-nos
felizes a olhar para as estrelas
Em vez do
ruído do silêncio, ouve-se a melodia do novo
O vazio que
se deseja preencher e partilhar,
A distância
que nunca existiu
E a certeza
de que a amizade nunca se perdeu…
Um comentário:
Pois é, como é bom.
Revejo-me nestas palavras, nestes acontecimentos... mas, até o reencontro com amigos que ainda não conhecias!!! e já eram amigos.
Sabes quem é?
abraço
miguel
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