segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Pena maior

Bato o portão do jardim
Subo seis degraus de volta
Abro a porta e entro em casa
Logo o silêncio se solta
Silêncio este sem fim
Paro e olho ao meu redor
Mergulho no corredor
A maré agora é vasa
E já só me resto a mim

O alpendre iluminado
Contrasta com a escuridão
Da noite que se despede
Receosa do papão
Já com o sono encomendado
Vou p’ró quarto, até amanhã
Solidão, meu talismã
Malabarista sem rede
Pela insónia condenado

… /…

Nenhum comentário: