sábado, 5 de abril de 2014

Vem ter comigo à feira

Acabei de embrulhar mais um final de dia…
Arrumei-o no meu sótão
Está aqui ao pé de mim, dentro de uma caixa
E espero bem que adormeça em breve…
Os sótãos servem para isto mesmo
Arrumar coisas, embrulhar e desembrulhar outras
E assim se passa um serão
Até nos dar o sono...
Tenho aqui, guardados no meu sótão
Outros tantos finais de dia já encaixotados
Com eles construirei, um destes dias, alguma coisa, não sei
Ou então, coloco-os no porta-bagagens do carro
E vou vendê-los à feira
Pode ser que alguém me dê alguma coisa por eles
Afinal, os meus dias são os meus dias…
Pode ser que haja alguém interessado neles!?...
Se ninguém os quiser, troco-os por qualquer coisa
Meia dúzia de esferográficas, pode ser!...
Posso assim passar os meus serões a escrever sobre os meus dias
E a inventar-lhes novos e diferentes finais…

É isso!...
Amanhã é sábado…
É dia de feira!
Por favor vai lá ter comigo…
Passa pela feira e encontramo-nos por lá
Diz-me que não estás interessada nos meus dias já encaixotados
Que apenas te interessam os que aí vêm
Porque os meus finais de dia passarão a ser os teus também…
E amanhã, depois da feira terminar
Vamos ficar os dois a fazer serão
A desmanchar os caixotes que não vendi
A escolher alguns por entre os meus dias já passados
E que não trocarei por esferográficas
Dado que os nossos dias futuros já estão escritos…

... /...

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