Cruzamo-nos
e estendemos os braços
Mas não nos chegamos
a tocar
Giramos e
prosseguimos
Voltamos a
cruzar-nos e chocamos
Resvalamos e
seguimos
Com o corpo dobrado
Em forma de
degrau
Sentados no
ar
Rumamos até
ao fim...
Rodopiamos e
afastamo-nos
Dói cá
dentro…
O impacto projeta-nos para longe
Espaço etéreo
que ainda não é
Mas que a
seu tempo será o nosso
Aonde?
No infinito…
Os corpos em
forma de degrau
Sentados no ar
Desdobram-se agora, relaxam
Sentados no ar
Desdobram-se agora, relaxam
O degrau
alonga, vira patamar
Que se
estende até se transformar
Em plataforma
tranquila planando no ar
Continua a
não haver chão, só ar
E os corpos
seguem viagem
Noutra forma
de estar
Seguem agora
em rota linear
Rodopiando
sobre si, em espiral
No espaço etéreo
se fundem
Que é agora
o nosso espaço
O bem-estar
instala-se
E a ordem
revela-se
Fundidos,
seguimos viagem
Pelo espaço
que nos devora
Já não
chocamos
Incorporamos
um no outro
E desaparecemos
num ponto
É o fim…
… /…
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