Passou-se
hoje no meu bairro
Um passarinho caiu morto no meu terraço
Ao mesmo
tempo que a vizinha da frente bateu com o carro
Enquanto o
tirava de traseira da garagem
Altura em
que a testemunha de Jeová tocava ao seu portão
Água quente,
no banho!?...
Hoje foi uma
miragem…
Gelado até
aos ossos, rijo que nem aço
Esgueirei-me
para fora da banheira
Eis senão…
que situação
Escorreguei,
dei um trambolhão
E bati com a
cabeça na sanita
Não foi que
a gata do lado se aproveitou da minha ausência
Correu para
o terraço sem a minha licença
E comeu o passarinho caído no chão!?
Que outra
expressão para desabafo, pois então
Ganda cena,
que nojeira!
Enquanto a vizinha
histérica grita
Levanto-me,
bato novamente com a cabeça na sanita
Fico zonzo
com tamanha chinfrineira
Chama a
vizinha pelo marido que ainda dorme
É tanta a
gritaria que acorda o bairro em sobressalto
A testemunha
de Jeová foge assustada
A gata dá
três pinotes e sai desalvorada
Água quente,
essa foi mentira
No bairro hoje ninguém tomou banho
Ficou toda a gente transtornada
E como se não
bastasse o transtorno tamanho
P’ra ajudar,
até um camião que transportava porcos
Que bem cedo
partira de Porto Alto
Capotou e espalhou
os bichos pelo asfalto
Aí sim, a
confusão foi total!...
A porcaria ficou
toda espalhada
O bairro cheirava
a merda esparramada
E a
balbúrdia então foi tal
Que a
vizinha de tanto gritar ficou rouca
A gata assustada
arranhou-a feita louca
E a mim ainda
me dói a cabeça da pancada…
… /…
Um comentário:
Apre que grande confusão, João. Impõe-se perguntar? E os neurónios, ficaram soltos? Bateram uns contra os outros? Olha para a minha mão! Quantos dedos tenho levantados?
Ah... e a sanita?
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