Caminhas num
deserto de areias pisadas
Onde tantos outros
vão à deriva como tu
Há muito que
o sol deixou de te iluminar o caminho
Escondido
que está por detrás das nuvens lá no céu
Caminhas por
instinto e eu caminho a teu lado…
Teus pés secos
do cansaço deixam marcas no chão
Logo o vento
negará por aqui teres passado
Mas é
verdade, por aqui passaste…
Que marcas?
Que areia?
Não deixaste
marcas mas a areia queimou-te os pés
E a areia é
tudo o que resta…
Enterras
cada vez mais os pés e caminhas
A cada
passo, recordas quem sempre foste
Mas quando
olhas à volta não vês ninguém
Fica calmo(a) e
caminha, não te assustes
Verás que
estão todos lá à frente
Quando o sol
te iluminar outra vez eles surgirão
E o teu
brilho alimentará as suas vidas como dantes
E voltarão a
esquecer-te ao caminhares de novo sozinho(a)
Na sombra do
que sempre foste…
À frente, lá
muito à frente
A areia
encontra sempre o mar
Depois…
É só
navegar, navegar…
… /…
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