quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O peso e a leveza

Aí está aquilo que poderia ser
A verdadeira e insustentável leveza do ser

Na esplanada onde estou
Livre como aquele pardal que pula
Como aquele pombo que passa
Na beleza do jardim
No reflexo da vidraça
Daquela  menina que estuda
Ou daquele casal que se abraça

Sinto o peso e a leveza
Da vida livre que levo
Fuga constante do que não quero
Sem que por isso me deixe de surpreender
Pelo inesperado ou pela incerteza
Do que posso talvez ganhar
Ou deitar num repente a perder

Importante é o eterno retorno
Mais importante é viver tudo aquilo que sonho
Ponho os olhos no pombo
Ganho balanço e voo com o pardal
Olho a vidraça e não vislumbro o meu reflexo
Onde está o peso e a leveza afinal?
Desta forma é tudo muito mais complexo

Voar e ser sempre livre, quem me dera
Baixo os olhos e retomo o meu Kundera

... /...

Nenhum comentário: