quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Dissecação à Portuguesa

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal

Aprendemos na escola bem cedo
Mas ninguém nos disse afinal
Quem nasceu primeiro
Se a galinha, se o ovo
Porque o saber sempre meteu medo
Assim o é em Portugal

Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!

Onde o esconderam?
Que ninguém nos leve a mal
Olha-se à volta e não se vislumbra
Ah sim, vejo o povo
Homens e mulheres que morreram
Em nome da mentira nacional

Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz

Ainda que muda e amordaçada
Calada em uníssono por todos nós
E neste tenebroso silêncio
Prossegue ruidosa a nossa história
De mentiras inventada
Que através dos tempos se impôs

Dos teus egrégios avós,
Que hão-de guiar-te à vitória!

Por entre mentiras e traições
Doença esta a curta memória
Castrante e deveras recorrente
Herdada de ouvido, sem voz
Repleta de fado e humilhações
Projetada no futuro sem glória

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,

E por sobre os nossos cadáveres também
Que a indecência não nos vai calar
A revolta que ferve cá dentro
E que é com sangue suor e lágrimas
Que um destes dias a mal ou a bem
Nos farão rejubilar

Às armas, às armas,
Pela Pátria lutar!

Tanto, tanto para aprender
Haja quem nos queira ensinar
Porque a maior herança de um povo
É a sua história, são os seus karmas
É isso que o faz crescer
Sem nunca esquecer de se questionar

Contra os canhões marchar, marchar!

... /...

Nenhum comentário: