terça-feira, 21 de outubro de 2014

Mãos de poeta

Mãos de poeta as minhas
Cheias de vida a escrever
Histórias, mentiras mesquinhas
A dor fazendo esquecer

Caneta de ponta afiada
Feita faca de cozinha
Tinta, só tinta, mais nada
Corre nas veias sozinha

Mãos de poeta cretinas
Guardam poesia em segredo
Se firmes, não são as minhas
Que as minhas tremem de medo

Mãos de poeta as minhas
Como gostava de as ter
Dormindo à noite sozinhas
Cansadas de tanto escrever

Mãos de poeta quem dera
Por uma rima a sofrer
Da perfeita inda à espera 
Dando poesia a beber

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