sábado, 25 de janeiro de 2014

Mentira

Não, os olhos não mentem
O arrepio que a pele experimenta
Ao passar-te a mão pelo cabelo
É como se acariciasse cada ano da tua vida
Que estiveste longe de mim
Sem nos termos no entanto perdido um do outro
Também eu fui feliz nesse tempo
Corri mundo construí e destruí sonhos
Mas vivi e soube o que é a partilha
Hoje vivo numa ilha
Rodeada de um mar que tem a cor dos teus olhos
O teu cabelo é a areia onde me espraio
E a tua pele se arrepiada
Ensina-me que nada, mesmo nada
Vale a mentira da distância
Na qual em algum momento navegámos na vida

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