quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Mel

Poder escrever um livro no teu corpo
Seria para mim um bom castigo
Sentir-me-ia eu vivo embora morto
Revivendo um amor jamais cumprido

Com a pena a passear na tua pele
Rascunhando momentos que sonhámos
Dando-nos a esquecer o travo a fel
Deixado pelas guerras que travámos

E se a tinta entornada no teu peito
Tal qual pintura feita mar de luz
Talvez pudesse a vida renascer

Na tua boca transformada em leito
De novo e outra vez fazendo jus
Ao beijo que acabámos por perder

… /…

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