Teu sexo é
furna onde me abrigo
Nele sossego
e poiso o meu rosto
Universo que
se conjuga e desconjunta
Coração que
acelera indomável
Ao ponto da
minha pele arrepiada
Encontrar na
tua a humidade tranquila
Que
lubrifica o meu desejo
Fazendo
escorregar até ao seu interior
O que dizes
ser grande
Ao entrar em
ti…
Anda, sente!...
sente e goza
Quero que
gozes, que grites e te curves de prazer
Que transpires
e grites, assolada por choques
Vá, não
pares, sente…
Que eu gosto
tanto quando comprimes os teus pés
Escorregando
de transpirados por sobre os meus rins
Enquanto a
tua garganta solta gemidos e língua
Lânguida, ávida
de saliva e cuspo
Tempero trocado pelos dois
Degustado
durante o banquete
Oferecido
pelos nossos corpos
E então ele,
onde está?
Onde está o
amor?
Por todo o
lado, no chão, paredes e teto
Nas mãos no
olhar, no toque e no olfato
Nos
palavrões que usas, na forma como de mim abusas
Nos
preliminares, na excitação, no ato
Agora, vá, estamos
quase, por favor não pares…
Quero-te
assim, pronta a te desintegrares
Estou aqui
contigo, vou para onde me levares
Silêncio,
onde estamos?...
Decerto
planamos!?...
Deixa-te estar,
fica calma aqui comigo
Quero que regresses
a ti em sossego
Goza e sente
a tranquilidade
Gosto que me
sintas assim, nu e estoirado
Aconchegado
a ti e todo transpirado
E tu a mim, suada
e deliciada
Enquanto nossas
mãos se esfregam e nos enxugam
Apertando-se
tensas feitas camurça dos Balcãs
Nesta tranquilidade
partilhada pelos nossos sexos
Após tão excitante banquete de amor
Após tão excitante banquete de amor
Antecipando
a merecida sesta até de manhã
... /...
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