Poderia o Natal ser diferente?
Poderiam as
famílias juntar-se à volta do presépio
Sem trocarem um só presente?
E que tal se a cegueira
estonteante do louco avio de presentes
Fosse esquecida dando apenas lugar a um abraço bem apertado,
Grátis e acessível a toda a gente!?...
Daqueles que fizessem com que no dia
seguinte fosse ainda possível sentir o calor da véspera
E que todos pudessem lembrar-se dele ainda...
Sinal de que
todos o teriam recebido
Todos, sem
exceção…
Sinal de que todos tê-lo-iam oferecido, também…
Que bom seria, que aquele menino pudesse perceber o que realmente é o Natal
E que, para
isso, alguém lho tivesse explicado um dia...
Decerto continuaria a crescer, mas cresceria mais gente
E a gratidão, essa, passaria a ter na sua boca um outro significado
Porque seria diferente…
E se, a cada
tristeza ou dor sentida nas orações
Daquele
velho só, sentado, ali, naquele banco,
Pudesse suas lágrimas o presépio secar,
Levando o
menino nas palhinhas a sorrir a toda a gente?...
Que bom seria ver todos contentes…
Que bom seria ver todos como iguais e não diferentes
E quão alegre
seria o dia Natal!...
… /…
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