São já tantos
os dias passados
Que se contados
um a um
Parece não
terem fim…
Foram
longos, foram frios
Nasceram
pela manhã
Deitaram-se
comigo à noite
No silêncio das horas têm habitado em mim…
E enquanto uns
foram, outros vieram
Com eles o tempo para sentir
Aquele
abraço, aquele sorriso, este aperto no peito
Com tristeza
e ruído de fundo
Que me rouba de vez em quando um sorriso
O mesmo que
ontem, à noite, no meu leito
Adormeceu abraçado a mim…
O tempo
chicoteia-nos
Marca-nos a
vida com memórias cadenciadas
Reabre-nos feridas
que julgávamos saradas
Insistindo
em manter-nos assim
E assim, caminhamos
de um qualquer jeito
A
sobrevivência só por si é um enorme feito
Na tentativa
da cura dos dias sem fim…
… /…
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