Há silêncios
que mais parecem luto
Chorando almas
que ainda não estão mortas
Sonham vidas p'r às quais fecharam portas
Regam plantas estéreis que não dão fruto
E em cada
dia a vida que se cumpre
Prende o
choro o que faz tamanho mal
Torna a
morte seu desfecho final
Que de amor
nem sequer um só vislumbre
No início o
vazio que se apodera
Em seguida o
silêncio que se instala
Eis que assim
de repente num minuto
Declara-se de
vez um negro luto
Numa
angústia que dentro nos abala
E p'ra sempre uma dor que se tolera
… /…
2 comentários:
E a dor, como companhia , torna-se num vinco, numa dependencia tao funesta quanto o ar que se respira e ja nao se quer. E a Vida ...a VIDA parece como um castigo sem fundamento,repetido como o de Tantalus.
A minha interpretação pouco importa, o sentimento, esse sim. Ao ler este teu poema, senti algo tão engraçado em mim que, sem tristezas, corri a escrever uma "resposta" que acabei por colocar no meu blog.
Ficaste pois sem ela, ganhei eu mais uma tentativa de fazer versos. Obrigada.
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