A poesia que
eu escrevo tem tanta tristeza
Por vezes
não tem ritmo ou qualquer melodia
Certamente
não é por isso com certeza
Que tem
menos valor ou que não é poesia
Talvez seja
o reflexo daquilo que eu sou
Da vida que vivi
até aqui chegar
Da vontade
constante de tantos amar
Daqueles que
já tive e que a morte levou
Vivo assim
com saudade e ansia de escrever
A alegria das
rimas dos dias cinzentos
Deito sobre
o papel o que me faz sofrer
Na esperança
de um dia poder acordar
E rasgar meus poemas
sem ressentimentos
Certo que sou
feliz sem ter de os criar
… /…
Um comentário:
Bela catarse, essa de lavares a alma, com a certeza da felicidade vir embrulhada em patine de tristeza. Fazes bem, Joãozito, fazes bem; assim vamo-nos deliciando em sentimentos matizados de cinzento, com pontinhas laranjas de sorrisos vários.
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