Estou de volta…
Final de mais
um dia que acaba como os outros
Pleno de
energias que se esgotam como sempre…
Tranquilo
como a água deste rio que corre sem parar
À margem de mim…
Sentado, fico
a pensar…
Recordo o
passado…
Choro o que fui
e lamento o que não atingi
Não me contento…
Por fim saboreio
as lágrimas
E sorrio…
Eu…
Aquele que
sempre quis ser quem tudo dominou
E que foi
feliz por isso…
Estendo a
mão e sinto o cheiro a humidade que o rio transporta
Ou trata-se
apenas do teu cheiro?
Respiro
fundo, penso em ti…
E sorrio de
felicidade porque sou feliz
Mentira!...
É mentira!...
É mentira
porque me magoa…
Magoa-me
ainda hoje porque percebo
Que nunca alcancei
o que sonhei
E às vezes até
acreditei que sim
Por
confiança ou sobranceirismo
Ou porque
apenas acreditei…
No entanto desiludi-me
tantas vezes…
E
desiludi-te também…
Verdade!
Mas neguei-o
sempre…
Por isso hoje
não quero mais
Porque hoje
senti… Oh se senti!...
E gostei… Oh
se gostei!...
E aqui estou
junto ao rio, à margem de mim
Disposto a
amar-te
Eu que nunca
quis
Eu que nunca
me dei
Eu que
sempre tudo dominei
Ou julguei
que sim…
Estou pronto
a esquecer o passado
A viver o
que a vida me quiser dar
Eu…
Eu que estou
aqui à espera
Não nego que
já não me restam forças
Para te recusar…
... /...
Um comentário:
Irrecusável é abrir a porta à solução. Como seria fácil se mais irrecusáveis surgissem, assim, com tanta certeza.
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