segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A minha poesia

A poesia que eu escrevo tem tanta tristeza
Por vezes não tem ritmo ou qualquer melodia
Certamente não é por isso com certeza
Que tem menos valor ou que não é poesia

Talvez seja o reflexo daquilo que eu sou
Da vida que vivi até aqui chegar
Da vontade constante de tantos amar
Daqueles que já tive e que a morte levou

Vivo assim com saudade e ansia de escrever
A alegria das rimas dos dias cinzentos
Deito sobre o papel o que me faz sofrer

Na esperança de um dia poder acordar
E rasgar meus poemas sem ressentimentos
Certo que sou feliz sem ter de os criar

… /…

Um comentário:

a_ciganita disse...

Bela catarse, essa de lavares a alma, com a certeza da felicidade vir embrulhada em patine de tristeza. Fazes bem, Joãozito, fazes bem; assim vamo-nos deliciando em sentimentos matizados de cinzento, com pontinhas laranjas de sorrisos vários.