Olho bem de cá para
lá
Mar de
gente aqui defronte
Barcos dormem sobre o Tejo
À esquerda
banha-se a ponte
Corpos
deitados na areia
Abraçados e em segredo
Lábios
juntos dão um beijo
Trocam línguas sem ter medo
Há um avião que risca o céu
Vai alto,
não sei p’ra aonde
Já sumiu e não o vejo
Carros passam pela ponte
E então pego na caneta
Repouso os
olhos no rio
Harmonia é o
que eu vejo
Tento
escrever e sorrio
Olho bem de cá
para lá
Olhos meus que no passado
O fizeram
com o desejo
De morar cá
deste lado
Quedo-me assim eu tranquilo
Quedo-me assim eu tranquilo
Pois que um dia algo me diz
Haver de novo o ensejo
De tornar a ser feliz... /...
2 comentários:
Que a serenidade que sentes e tao bem consegues transmitir, continue a map do teu semear.
Captam teus olhos beleza
A ponto de transmitir
A quem, com toda a certeza
Te imagina a sorrir
Com um pouquinho de inveja
Confesso... para quê mentir?
Essa beleza sobeja,
Pr'a que possas repartir?
De cá para lá, vejo serra
E em dias de nevoeiro
Não distingo qualquer terra
Nem seu castelo altaneiro
Fico-me pelo meu quintal
Delicio-me com minhas flores
Já vês que não fico mal
Espanto assim todas as dores
Se fecho os olhos, então
Do silêncio eu retiro
Do mar, a rebentação
Juro por tudo, eu não minto
Vejo tanto de cá para lá,
Que corro esbaforida
Para ver se de lá para cá
Sinto o mesmo que na ida
Continua, diz-me mais
Que é tão belo o teu sentir
Que deste lado eu aguardo
Pronta também a sorrir
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