A sombra
existe porque há sol
E a mão
escreve com vontade
Escondida em
mim a recusa do abandono
A recusa da
escuridão…
Crianças
brincam no jardim
Trazem um
chapelinho nas cabeças
Não vá o sol
fazer-lhes mal
Mas e eu?...
Porque é que
eu não escrevo com luvas!?...
Escrevo como
quem brinca ao sol
Solto um
grito, um sorriso, um soluço
Agarrado à
fluidez das palavras deixo-me ir
Como quem se
agita no baloiço e balanço
Voo cada vez
mais alto
Vou cada vez
mais longe…
E não tenho
medo da queda
O sol
projeta a sombra em movimento
Que nunca
toco
Mas sigo com
o olhar…
Salto do
baloiço
Despeço-me
das crianças e do sol
E guardo a caneta no bolso... /...
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