A noite é
feita de segredos e de cansaço
Quando se
deita, só, já noite avançada
Aconchega a
poesia num longo e apertado abraço
Eis então que o poeta se despe da rima,
E já deitado no chão, de barriga para cima
Ajeita o
passeio, feito almofada a seu lado
Cobrindo-se de estrelas, qual colcha iluminada
Está pronto a inventar um poema descansado
Noite fora, já madrugada, e o poeta não descansa
Em sua cama esburacada, bordada sobre pedra
Tem ideias de enxurrada mas a obra não avança
Tem ideias de enxurrada mas a obra não avança
É então que o poeta cansado de sofrer
Esgotado, grita alto, inventa rimas por escrever
Pela manhã, seu poema frustração
Pela manhã, seu poema frustração
É obra adiada, pesadelo que medra
Noutra noite sem
lençol, em cama de alcatrão
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