domingo, 15 de junho de 2014

Olh'os Cabrais!

O país está cheio deles
São tantos, todos iguais
Na essência por demais reles
Conhecidos p’los Cabrais

Com mais ou menos folclore
Passeiam-se convencidos
Que sabem tudo de cor
Sendo por todos queridos

Gostava tanto de os ver
Nem que fosse por um dia
Humildes e a aprender
Que a arrogância só vicia

E que é estúpida a canseira
De fingir ser diferente
Que de uma ou de outra maneira
É-se igual a toda a gente

São os Reis dos Carnavais
Que se julgam superiores
E embora iguais aos demais
São na verdade piores

Mas a vida que é tão sábia
Há-de um dia os acalmar
Que esta coisa de ter lábia
Basta apenas aguardar

De repente tudo muda
Obrigando a engolir
Tudo o que a língua bicuda
Se fartou de retorquir

Que a essência das pessoas
É às vezes bem ingrata
Eu cá prefiro a das boas
Que a das outras já me farta

Mais não tenho p’ra dizer
Poderia no entanto
Falar-vos do meu sofrer
Com todo este desencanto

Há-de o futuro ditar
O caminho a quem por mal
Gosta aos outros de afirmar
Que a eles não é igual

Vai-se assim a pretensão
Toda ela água abaixo
Resta-nos a convicção
Que os Cabrais são um fogacho

... /...

2 comentários:

a_ciganita disse...

Abaixo os Cabrais

Unknown disse...

O defeito vem de longe..
Portugal,tao lindo es! Terra de padres e santos
Sacanas por todos os lados, aldraboes por todos ps cantos...