Nada mesmo é o que somos
Apesar de alguns cromos
Se acharem tão especiais
De uma coleção fatal
Que se vende no Natal
Num show off p'rós demais
É então vê-los deslumbrados
Bem nutridos e abastados
A rasgar muitos papéis
De presentes irritantes
Todos tão impressionantes
Alguns deles dignos de reis
Quanto a isso não há volta
Na verdade o que revolta
É o desdém com que esses tais
Se referem aos presentes
De amigos que ausentes
Os recordam nos Natais
Importante o sentimento
A vontade no momento
Sincera de querer mimar
Nunca, nunca a fantochada
Da oferta de fachada
Dada para impressionar
Curioso este mundo
Que não pára um segundo
Gira atento sem parar
E lá chega certo dia
Por acaso ou por magia
Nos faz em tudo pensar
Fosse o Natal mais sincero
P'ra todos no mundo inteiro
Desejo que sempre quis
Sem presentes nem dinheiro
Mas de coração inteiro
Era o mundo mais feliz!...
... /...
Traços com mais ou menos cor, às vezes enérgicos, outras vezes inseguros, mas sempre honestos... Traços de tinta que constroem palavras, que à vez, transmitem mensagens, uns dias mais perceptíveis do que outros, mas sempre sinceras... Textos, poemas, desenhos, coisas que ainda não imaginei, mas que certamente virei a partilhar. Marcas no papel, na tela, traçadas e/ou escritas com vontade verdadeira, por vezes ingénuas, por vezes provocadoras... E ainda há tanto para fazer ...
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