sexta-feira, 27 de maio de 2016

Natal Novo

Nada mesmo é o que somos
Apesar de alguns cromos
Se acharem tão especiais

De uma coleção fatal
Que se vende no Natal
Num show off p'rós demais

É então vê-los deslumbrados
Bem nutridos e abastados
A rasgar muitos papéis

De presentes irritantes
Todos tão impressionantes
Alguns deles dignos de reis

Quanto a isso não há volta
Na verdade o que revolta
É o desdém com que esses tais

Se referem aos presentes
De amigos que ausentes
Os recordam nos Natais

Importante o sentimento
A vontade no momento
Sincera de querer mimar

Nunca, nunca a fantochada
Da oferta de fachada
Dada para impressionar

Curioso este mundo
Que não pára um segundo
Gira atento sem parar

E lá chega certo dia
Por acaso ou por magia
Nos faz em tudo pensar

Fosse o Natal mais sincero
P'ra todos no mundo inteiro
Desejo que sempre quis

Sem presentes nem dinheiro
Mas de coração inteiro
Era o mundo mais feliz!...

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