Traços com mais ou menos cor, às vezes enérgicos, outras vezes inseguros, mas sempre honestos... Traços de tinta que constroem palavras, que à vez, transmitem mensagens, uns dias mais perceptíveis do que outros, mas sempre sinceras... Textos, poemas, desenhos, coisas que ainda não imaginei, mas que certamente virei a partilhar. Marcas no papel, na tela, traçadas e/ou escritas com vontade verdadeira, por vezes ingénuas, por vezes provocadoras... E ainda há tanto para fazer ...
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Cenas do Confinamento 1
quarta-feira, 29 de julho de 2020
Esquissos ou esboços, o importante é bosquejar...
Tertúlia
(acerca do dia 23/02)
Falar desta experiência de três tardes dedicadas a três contos é sem qualquer pudor falar de trinta e tal anos de amizade com alguns encontros e desencontros, experiências adquiridas e outras não realizadas, mas é sobretudo saber que aqui chegámos e que continuamos na caminhada, provocando-nos boas e ricas sensações através do olhar e do sentir, que se foram maturando com o rotineiro passar dos dias que se repetiram sem nunca se esquecerem de se reinventar.
À partida, o desafio foi muito agradável, depressa passou a ser um pouco comprometedor. Depois, veio o sentido da responsabilidade, o medo do falhanço, a adrenalina da descoberta e da execução e, por fim, o que se lixe, porque o que eu quero é pintar e já estou por dentro da obra do Rui como se o e a tivesse acompanhado ao longo de todo o processo da sua criação.
Os contos são abertos, abrangentes e tocam-se em muitos momentos. Deixei enlear-me neles e acabei por me redescobrir em certas passagens literárias. Por vezes, revi-me e senti-me tão vulgar quanto qualquer um dos protagonistas e finalmente senti-me perfeitamente em sintonia com o autor, o que foi motivo de orgulho e enorme satisfação.
Na verdade, A Passagem, Duas pessoas vulgares e Multiverse são três mundos nos quais entrei. Neles fui caminhando, invadindo espaços, sentindo todos os odores, ruídos e cogitações, pensamentos, sonhos e angústias, amores desamores, certezas, dúvidas, sempre, sempre assinadas com a caligrafia fria da rutura.
Assim sendo, é nesse ponto que nos reinventamos. Tal qual a guilhotina...